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15/06/2010 03:00

STJ: COBRANÇA DE TRIBUTO

A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o envio de carnê ao endereço do contribuinte configura a notificação presumida do lançamento do tributo, cabendo a ele comprovar o seu não recebimento. O entendimento foi firmado no julgamento de um recurso apresentado pelo município catarinense de Tubarão contra acórdão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Em primeira instância, a Caixa Econômica Federal (CEF) ajuizou processo contra execução fiscal promovida pelo município, que pretendia recolher a taxa de licença de funcionamento relativa aos anos de 1996 a 2000, exceto o ano de 1998. Ao se pronunciar sobre o processo, a Justiça Federal decidiu pela nulidade da Certidão de Dívida Ativa (CDA), pois não houve menção ao número do processo administrativo que originou o crédito tributário, requisito previsto no Código Tributário Nacional (CTN). O município de Tubarão, em apelação ao TRF, argumentou que o lançamento da taxa ocorre com base em dados cadastrais, sendo desnecessária a existência de processo administrativo. O tribunal reconheceu a forma pela qual o município lançou o tributo ? por meio dos dados cadastrais. Porém, entendeu que cabe ao município comprovar o envio e o recebimento do carnê. No STJ, o relator do caso, ministro Luiz Fux, ressaltou que o contribuinte tem o conhecimento da periodicidade da cobrança, e o carnê enviado contém informações relevantes, o que possibilita a sua manifestação de qualquer desconformidade. Recurso administrativo O prazo de cinco anos para prescrição de créditos tributários só começa a contar após o julgamento final, pela Administração Pública, do recurso administrativo que tenha sido apresentado pelo contribuinte. Esse entendimento foi reafirmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar recurso especial da empresa Confecções Princesa Catarina contra a Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Autuada pelo Fisco em 1986, por fatos geradores ocorridos entre 1983 e 1985, a empresa entrou com recurso administrativo, que só foi julgado seis anos e nove meses depois, em 1993. A Fazenda Pública ainda levou mais dois anos para iniciar o processo judicial de cobrança dos tributos. O juiz de primeira instância reconheceu que o Estado perdeu o direito de cobrar a dívida, por decurso do prazo legal, mas a decisão foi reformada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em recurso especial ao STJ, a empresa insistiu na tese de prescrição dos créditos tributários. O ministro Luiz Fux, relator do recurso na 1ª Turma do STJ, considerou o auto de infração lavrado em 1993 "procedimento apto à constituição do crédito tributário", o que evitou a decadência do direito do Fisco. A partir daí, seria contado o prazo de cinco anos para a prescrição, caso a fazenda pública ficasse inerte, mas a jurisprudência do STJ considera que esse prazo não corre enquanto houver recurso administrativo pendente de decisão. Adin da OAB O ministro Marco Aurélio é o relator da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio da ação, a entidade questiona a Lei paulista nº 13.549, de 2009, que declarou em regime de extinção a Carteira de Previdência dos Advogados de São Paulo. A lei atinge uma carteira que possui cerca de 40 mil filiados, com idade média superior a 60 anos. A carteira foi criada em 1959, por meio da Lei nº 5.174/SP, e obrigava todos os advogados do Estado a se filiarem ao instituto. Fonte: FENAFISCO/ Valor Econômico

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