A Secretaria Estadual de Tributação (SET) apreendeu na manhã de ontem 1.280 caixas de rum - cada uma com 12 garrafas - sem a devida documentação fiscal. A mercadoria estava sendo descarregada em uma fábrica pertencente a uma empresa de tempero completo localizada no Distrito Industrial de Extremoz, na Grande Natal, e está avaliada em cerca de R$ 230 mil. “Pensávamos que estava acontecendo um assalto na fábrica”, afirmou um dos homens do 4º Batalhão da Polícia Militar, que recebeu a denúncia de que no local estava havendo uma “movimentação suspeita” por volta das 3h da madrugada. “Quando chegamos ao local, pouco depois da denúncia, houve muita correria. Haviam oito pessoas no local e cinco escaparam”, afirmou o PM que não quis se identificar. Ao questionaram sobre a mercadoria às três pessoas que ficaram detidas – uma mulher e dois homens, um deles se dizendo o vigia da fábrica – elas não souberam explicar de onde o carregamento veio, tampouco, onde estava o documento fiscal. Resultado: os três foram levados para a Delegacia de Plantão da zona Norte de Natal e o caminhão ficou apreendido pelos policiais militares. A SET foi chamada logo no início da manhã e, após a confirmação da DP que não havia queixa de roubo daquela mercadoria, ficou claro para os fiscais da Secretaria de que se tratava de um contrabando. “Não rastreamos ainda para saber exatamente de onde veio, mas acreditamos que tenha vindo do Ceará. Como se trata de uma fábrica de tempero completo e a carga é de bebidas, provavelmente ela seria descarregada lá e depois repassada para outras pessoas, a um preço mais baixo, visto que não há o acréscimo do imposto”, informou o fiscal Maicon Evandro de Oliveira. O carregamento foi encaminhado para a SET e a empresa terá que desembolsar R$ 118 mil – soma do imposto cobrado mais a multa por estar sem documentação fiscal – para reaver a mercadoria. “Os donos da empresa terão que ir até a Secretaria, parcelar a dívida e pagar a primeira parcela para ter a mercadoria de volta”, afirmou Maicon de Oliveira. O advogado da empresa esteve no início da manhã na DP da Zona Norte mas, assim como os proprietários da fábrica, não quis se pronunciar. “Fazia algum tempo que não apreendíamos uma quantidade tão grande como essa de mercadoria sem documento fiscal”, afirmou o fiscal da SET. Fonte - Tribuna do Norte