Os servidores da Secretaria Estadual de Tributação (SET) entraram ontem em greve por tempo indeterminado, reivindicando a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a categoria. A paralisação conta com a adesão de 90% dos técnicos em todo o Rio Grande do Norte. Serviços como o atendimento ao contribuinte podem ser prejudicados. Entretanto, a secretaria ainda não mediu os possíveis impactos do movimento, caso um acordo demore a ocorrer. O diretor de assuntos sindicais do Sindicato dos Técnicos da Tributação do Rio Grande do Norte (Sintern), Nilson Diniz, explica que a paralisação teve início logo nos primeiros minutos de ontem, a partir de equipes que trabalham em postos fiscais. “Foram paralisados os serviços de apoio administrativo, ou seja, o trabalho burocrático da secretaria. Os auditores fiscais continuam com suas funções normais, mas o nosso apoio é essencial para eles”, afirma Diniz. De acordo com ele, os servidores tinham a intenção de realizar uma paralisação de advertência no dia 13 do mês passado, mas desistiram do protesto após conversarem com o titular da SET, João Batista Soares, e receberem a garantia de que o processo para a implantação do PCCS teria andamento. “Mas nada mudou até agora. O plano está na Consultoria e ainda falta passar pela Governadoria e Assembleia Legislativa”, completa. O diretor do Sintern destaca o atendimento direto ao contribuinte e a digitação de documentos, como dois dos principais serviços afetados pela paralisação e que podem comprometer o funcionamento de toda a estrutura da SET. “Eu não tenho valores para informar, mas posso dizer que, com o movimento, a arrecadação será bastante prejudicada”, garante. Secretaria O secretário estadual de tributação, João Batista Soares, diz ainda ser cedo para dar qualquer informação sobre possíveis conseqüências da greve, destacando acreditar que o movimento é legítimo. “Não havia a necessidade de uma paralisação, por já estarmos em análise do pleito dos servidores. A nossa posição é a de viabilizar o que vem sendo reivindicado”, conclui Soares. Fonte: Tribuna do Norte.