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06/10/2009 03:00
REDUÇÃO DO IPI PODE SER PRORROGADA
Brasília (AE) - A redução da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos, material de construção e bens de capital pode ter o prazo prolongado, segundo fontes do governo. Como o impacto fiscal dessas medidas é bem menor do que a queda do IPI para automóveis, cujas alíquotas começaram a ser majoradas esta semana, a equipe econômica avalia se valeria a pena mantê-los. O problema mais uma vez é o espaço fiscal bastante limitado com que trabalha o governo. Apesar da defesa enfática da política fiscal expansionista que vem sendo praticada nos últimos meses, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, falam em fazer um superávit de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sem usar os abatimentos previstos. E nesse esforço, qualquer economia fará diferença. Por outro lado, existe a disposição de estimular ao máximo a economia. E é isso que está sendo pesado. Segundo uma fonte, diante desse dilema, os incentivos para construção e para o investimento têm mais chances de permanecer do que os para linha branca, que são itens de consumo. A avaliação é que, com a política monetária flexível adotada ao longo do ano, cujo efeito pleno está chegando agora no fim do ano, o consumo já terá um impulso significativo, o que pode dispensar a renovação do IPI linha branca. A alíquota reduzida para fogão, refrigeradores, tanquinhos e máquinas de lavar termina no dia 31 deste mês. Há dentro do governo quem defenda a prorrogação pelo menos até o final do ano, quando se encerram os incentivos para os demais setores beneficiados. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, tem destacado a importância do incentivo fiscal para manter as vendas aquecidas. Em recente entrevista à Agência Estado, ele defendeu a manutenção da redução do IPI para linha branca e materiais de construção. Fonte: Tribuna do Norte