Nesta semana, o projeto social Mesa da Solidariedade, do Governo do Estado, coordenado pela Ceasa-RN iniciou o trabalho de recadastramento das 520 famílias atendidas. Segundo a assistente social, Danúsia Fernandes, a iniciativa partiu da necessidade de promover uma maior integração da equipe do projeto e as pessoas assistidas para verificar as suas reais necessidades, além de receber os kits de alimentos. O recadastramento não se restringe apenas a atualização dos dados, através do contato com as famílias, verificamos que a doação de alimentos é fundamental, mas é preciso estender o benefício. Vamos buscar parcerias com outros programas e instituições para assistir as demandas das pessoas, como a retirada de documentos, a questão do transporte gratuito, no caso de um deficiente físico ou idoso, e a obtenção de remédios através do UNICAT, são alguns dos casos em que podemos intermediar e auxiliar essas centenas de pessoas, explicou a assistente social. A aposentada Geralda Rodrigues de Ramos, de 85 anos, é uma das beneficiárias do projeto. Desde o inicio do projeto, há quase sete anos, ela vem todas as semanas buscar o seu kit de alimentos. "Agradeço a Deus por esta ajuda. Sou aposentada, mas o dinheiro não dá para quase nada. Pago aluguel, luz, água e compro remédios. Tenho um filho que está desempregado e tem problema com alcoolismo. Não sobra quase nada para comprar comida. Aqui eu recebo batata, tomate, jerimum, maçã, alface. É uma benção", contou dona Geralda. As histórias são inúmeras. O perfil das pessoas assistidas pelo Mesa da Solidariedade são aquelas que não têm perspectiva de vida e não possuem estabilidade financeira, e, além disso, apresentam doenças crônicas. São para estas pessoas que as doações dos permissionários da Ceasa-RN são revertidas. E por tratar-se de uma grande demanda, é que o projeto está sempre em busca de novos parceiros que colaborem com a ação. "Ver famílias que antes tinham poucas oportunidades ou quase nenhuma de ter uma alimentação rica e constante, servem como estímulo para buscar o crescimento do projeto e poder garantir o benefício a um número cada vez maior de pessoas", concluiu o diretor-presidente da Central, Múcio Navarro. Fonte: Agência RN