NOTÍCIAS

Imagem da notícia

15/12/2010 03:00

PRODUTOS DA CEIA ESTÃO MAIS CAROS ESTE ANO, DIZ PROCON

A ceia de Natal das famílias da capital potiguar não será tão feliz no que depender dos preços dos produtos da época. O aumento no custo da farinha de trigo, ingrediente essencial na receita do panettone, influenciou no preço final do produto que está sendo vendido nos supermercados natalenses. Segundo uma pesquisa realizada pelo Procon Natal, a guloseima subiu 10,89% em relação ao ano passado. Junto com ela, as bebidas tradicionais – como o vinho e espumantes – também estão em média: 4,13% mais caros. Os panettones estão custando 10,89% mais que no mesmo período do ano passado Na contramão das altas, frutas cristalizadas, carnes e queijos do reino estão mais baratos. As reduções registradas foram de 1,56%; 3,13%; e 3,43%, respectivamente. Mas a boa notícia para por aí. Isso porque o Procon alerta que é preciso pesquisar. No levantamento, o órgão de defesa do consumidor identificou que a diferença de preços entre os estabelecimentos pesquisados varia de 32% a 442%, dependendo da marca e da procedência. A pesquisa constata grandes diferenças de preços, mesmo em produtos da mesma marca, como é o caso do vinho tinto Mioranza (maior preço, R$ 11,90 e menor preço, R$ 5,49, correspondendo a uma diferença de 116%). O vinho tinto Chalise apresenta diferença de 54% entre um estabelecimento e outro (maior preço R$ 8,49; menor preço, R$ 5,49). Entre as carnes, o Procon Natal constata diferença de 63% no pernil de porco Aurora (maior preço, R$ 13,02/kg; menor preço, R$ 7,99/kg), de 54% no pernil de porco Sadia (varia de R$ 9,65 a R$ 14,90) e de 37% no fiesta Sadia (mais caro, R$ 11,90; mais barato, R$ 8,68). Itens A pesquisa incluiu 60 itens referentes a produtos natalinos (frutas secas, frutas cristalizadas, queijo do reino, panettones, frango, chester, fiesta, peru, pernil de porco, lombo de porco e bebidas, como, sidra, champagne, prosecco, vinho branco, vinho tinto e uísque), e foi realizada nos supermercados e hipermercados de Natal nos dias 8 e 9 deste mês. As maiores variações foram verificadas nos panettones fabricados pelo próprio estabelecimento (49%), vindo em seguido o panettone Bauducco de 1.000g (19%), e o panettone Tommy de 400g (12,8%). Entre os vinhos, as maiores variações ocorreram no vinho branco Monte Reale (está 21% mais caro), seguido pelo vinho tinto Catafesta garrafão (18%), vinho tinto Piagentini (17%) e pelo vinho tinto Monte Reale (14,4%). O prosecco Sperone subiu 11% e o uísque Old Eight, 8,6%. As carnes caíram, em média, 3,13%, mas, alguns itens subiram, como é o caso do pernil de porco “da casa” (subiu 38%), frango (10%) e lombo Sadia (+9,4%). Em contrapartida, o lombo de porco, o chester e o pernil de porco – todos da marca Perdigão – estão com preços menores em comparação a 2009, enquanto o pernil e o lombo Sadia estão mais caros (apenas o peru Sadia está custando 3,3% mais barato em relação ao ano passado). O queijo do reino registra redução média de 3,43%, sendo que os das marcas Jong (-9,5%), Quatá (-8,0%), Boa Nata (-6,1%) e Regina (-4,3%) estão mais baratos, e os das marcas Borboleta (+4,2%) e Skandia/Polenghi (+4,1%) estão mais caros. farinha Segundo o presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), Geraldo Paiva, os preços do panettone são explicados pela alta dos preços na saca de farinha de trigo. O problema vem ocorrendo há cerca de seis meses, desde que a Rússia – maior fornecedor de trigo da Europa – teve uma quebra em sua safra. Com isso, o país limitou as remessas de trigo para as demais nações europeias que passaram a receber o produto do Canadá e Argentina. Como estes dois países também são as principais fontes de abastecimento da América do Sul, o trigo ficou escasso no mercado e o preço da saca subiu cerca de 40%. Ainda de acordo com Paiva, as demais variações têm relação com a inflação do período, se caracterizando como efeitos sazonais. Para este mês, os supermercados esperam um crescimento de 10% a 12% nas vendas. “Em alguns casos, essa alta pode chegar a até 15%”, declara o presidente da Assurn. Ele acredita que o grande movimento nas lojas comece a partir da próxima semana, entre os dias 22 e 24. “Por serem produtos perecíveis as pessoas preferem comprar mais próximo do dia da ceia”. Fonte: Tribuna Online

REDES SOCIAIS