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18/01/2011 03:00

NATAL PRECISA DE R$ 128 MILHÕES PARA ÁREAS DE RISCO

Natal possui 74 pontos considerados como área de risco de desabamento ou alagamento. Esse número é resultado de um estudo coordenado pela Defesa Civil e Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Governança Solidária (Serig) e outras secretarias municipais de Natal. Com o intuito de erradicar todas as áreas problemáticas, no prazo máximo de três anos, o prefeito em exercício, Paulinho Freire, autorizou a criação de um grupo gestor para elaborar projetos que serão encaminhados ao Ministério das Cidades. Segundo Olegário Passos, secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), será necessário R$ 128 milhões para resolver o problema. O relatório que aponta quais são as deficiências e localidades com risco de desabamento foi apresentado na tarde de ontem, na sede da prefeitura. De acordo com Carlos Paiva, titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Mãe Luiza e comunidade do Jacó são os pontos mais críticos. “Cerca de 250 famílias moram nesses locais. Jacó é o local mais crítico. Existem casas sob risco iminente de desabar”, diz. A apresentação do estudo foi feita pelo titular da Serig, Rivaldo Fernandes. De imediato, segundo o secretário, a prefeitura terá quatro prioridades. “Limpeza das áreas de risco, campanha educativa sobre o lixo e ligações clandestinas de esgotos, remoção das construções irregulares nas áreas de encostas e ativação de abrigos para as pessoas removidas das áreas”, relatou. Números O estudo apontou ainda, que, nas zonas Norte e Leste, existem mais de 16 mil domicílios construídos em áreas que representam perigo aos moradores. O número de pessoas vivendo sob risco, nessas zonas, chega a 74.639. Nas zonas Sul e Oeste, mais perigo: 29.050 domicílios estão, de alguma forma, sob ameaça, e 116.195 pessoas correm perigo. “A palavra de ordem é prevenção. Vamos começar o trabalho para que, no período de chuvas, não tenhamos problemas maiores”, afirmou Rivaldo. “Todos os anos acontecem as chuvas. Algumas áreas são difíceis. Vamos ficar atentos”, disse o prefeito em exercício, Paulinho Freire. A respeito do grupo que irá elaborar projetos, o prefeito mostrou-se confiante. “Vamos criar um grupo multidisciplinar para fazer esses projetos e levar ao Governo federal. Creio que, nos próximos três anos, resolveremos esse problema definitivamente”. Em caso de chuvas mais fortes e inesperadas, ou até mesmo para remoção de pessoas morando em construções irregulares, Rivaldo Fernandes diz que a prefeitura dispões de locais aptos a servirem de abrigo às possíveis vítimas. Ginásio Nélio Dias, Machadinho, ginásio da Cidade da Esperança e ginásio do DED, em Candelária, foram citados pelo secretário. O titular da Semdes, Carlos Paiva, não informou quando as famílias que estão em área de risco serão removidas, mas o trabalho de conscientização das mesmas já começou. “Não podemos puxar as pessoas pelo braço. Muitas, mesmo sabendo do risco que correm, não querem sair de suas casas”, diz. Coronel Marcos Pinheiro, da Defesa Civil, alerta para possíveis acidentes. “Natal possui um histórico de alagamentos e problemas com áreas de risco. Não queremos passar pelo o que o Rio de Janeiro está passando. É bom prevenir”. Fonte: Tribuna do Norte

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