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27/07/2009 03:00

LUCROS DOS BANCOS DEVE SER REDUZIDO

São Paulo (AE) - Os bancos privados devem apresentar no segundo trimestre lucros recorrentes inferiores aos registrados em igual período de 2008. Os balanços dessas instituições vão mostrar um comportamento pouco agressivo em relação às concessões de crédito e ganhos com tesouraria inferiores aos dos primeiros três meses do ano. Esses resultados excluem itens extraordinários, como a venda de ações da VisaNet, que devem garantir mais um período de lucro recorde para alguns bancos, como Bradesco. “Avaliando apenas o resultado da operação do banco, o quadro não será diferente do primeiro trimestre, quando os lucros já foram menores”, afirma o analista da Lopes & Filho Consultoria João Augusto Salles. De janeiro a março, o Bradesco apresentou lucro recorrente 9,6% inferior ao registrado em igual período de 2008. O resultado do Itaú Unibanco caiu 5,8% e o do Grupo Santander, 40,9%. As quedas só não foram mais expressivas devido aos ganhos com tesouraria. Isso ocorreu porque as instituições financeiras tinham operações prefixadas e, com a queda dos juros acima do previsto entre janeiro e março, obtiveram ganhos. Mas, segundo os especialistas, com uma trajetória de queda do juro mais previsível, esses ganhos tendem a ser menores no segundo trimestre. Um exemplo de instituição que apresentou ganhos com operações de tesouraria e valores mobiliários acima do normalmente registrado foi o Bradesco. No primeiro trimestre, essa área contribuiu com 17% do resultado do banco, ante contribuição de 6% em igual período de 2008 e de 9% no quarto trimestre. “Esses ganhos não vão se repetir na mesma magnitude do primeiro trimestre”. Além de ganhos menores com tesouraria, os bancos ainda terão que arcar com o aumento da inadimplência. Os analistas não esperam que as instituições façam elevadas provisões para devedores duvidosos (PDD) adicionais, como o registrado no final do ano passado, mas essa despesa tende a subir devido ao maior volume de operações de crédito em atraso. “A despesa com o provisionamento será feita de acordo com o risco da carteira, que foi maior no segundo trimestre devido à maior inadimplência”. Fonte: Tribuna do Norte Online

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