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10/12/2010 03:00

GOVERNO VAI DAR GARANTIAS FINANCEIRAS PARA O ARENA

Os representantes da comissão potiguar pediram um adiamento na reunião que seria realizada, hoje, com o Comitê Organizador Local FIFA da Copa 2014. O encontro ficou para a segunda-feira, quando Natal irá apresentar a nova proposta de PPP para a Arena das Dunas. O novo formato tem como alterações principais a redução do custo da obra em R$ 20 milhões, a redução do prazo de concessão de 30 para 20 anos e o acréscimo de um “colchão” financeiro de R$ 50 a R$ 70 milhões compondo o fundo garantidor ao lado dos terrenos já existentes. ana silvaPelo novo cronograma da Arena, as obras de demolição do ginásio Humberto Nesi e do estádio Machadão começam no mês de maioPelo novo cronograma da Arena, as obras de demolição do ginásio Humberto Nesi e do estádio Machadão começam no mês de maio A intenção da comissão de Natal, com as mudanças é tornar o projeto da Arena das Dunas atrativo aos investidores, que não apareceram no primeiro certame licitatório. A redução de custos na obra e uma maior liquidez na garantia de retorno serão os pontos determinantes para que os construtores possam investir na arena potiguar. “Observamos que a reclamação dos empresários diziam respeito à liquidez da garantia. Como tínhamos apenas terrenos formando o fundo garantidor, caso houvesse problema no pagamento, o empresário precisaria primeiro vender o terreno, o que não garante dinheiro de imediato”, comentou o secretário da Secopa, Fernando Fernandes. Com a nova forma de garantia, o governo do estado terá o prazo de construção da Arena das Dunas (cerca de 30 meses) para formar um “colchão” financeiro, que será uma espécie de poupança para ser utilizada em caso de não pagamento. “Se, por algum problema, não houver o pagamento, enquanto o terreno não é comercializado o dinheiro será utilizado para quitar o débito. Dessa forma, o investidor não sairá perdendo. Assim, estamos garantindo um retorno e tornando nosso projeto mais atraente”, confirmou Fernandes. O edital antigo e as alterações propostas estão com a empresa de consultoria Valora, contratada pelo Estado para conduzir o processo. Os consultores devem formatar o novo edital, que será encaminhado aos representantes do governo, da prefeitura, da comissão de transição, do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Contas da União e Ministério Público Estadual e Federal. “O adiamento para segunda-feira, da nossa reunião com o COL e a CBF é para que possamos levar algo de concreto para eles. Precisamos da anuência de todos, principalmente dos tribunais e ministério público para evitarmos que haja contestações e mais atrasos no processo licitatório. Queremos estar no Rio de Janeiro cercados de garantias”, informou Fernando Fernandes. De acordo com o secretário da Secopa, a previsão para que o novo edital seja lançado é no próximo dia 20. “Se tudo der certo, e esperamos que isto aconteça, segunda-feira estaremos com tudo praticamento acertado e , no mais tardar, no dia 20 estaremos lançando o novo edital”, concluiu Fernando Fernandes. A permanência de Natal como sede foi bancada pelo próprio presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, na última terça-feira. No entanto, o “cartola” atrelou essa permanência ao cumprimento dos novos prazos. A licitação deve estar conclusa no máximo até março de 2011. O vencedor da concorrência deve demolir o estádio Machadão e o ginásio Machadinho e iniciar as obras até maio. Se Natal não conseguir cumprir o novo cronograma, aí sim, estará definitivamente fora da Copa de 2014. Mudanças na PPP Comitê local tenta tornar o negócio mais atrativo para investidores 1 R$ 20 milhões a menos nos custos do projeto, orçado em R$ 420 milhões, com cortes em equipamentos; 2 Prazo de concessão de 20 anos e não de 30 anos, como previsto anteriormente; 3 R$ 50 ou R$ 70 milhões de garantia financeira, como parte do fundo garantido, inicialmente constituído apenas por terrenos públicos 4 O novo edital deverá ser publicado no próximo dia 20/12 Fifa pode adiar Copa em um mês Para garantir que a Copa do Mundo de 2014 não repita a má qualidade técnica da edição da África do Sul em 2010, a Fifa estuda adiar em quase um mês o início do maior torneio do mundo. A meta seria dar mais tempo para que os astros possam se recuperar de temporadas duras em seus clubes e chegar ao Mundial em plena forma. A ideia faz parte do pacote de reformas que um grupo técnico começa a estudar dentro da Fifa. Ao invés de o jogo inaugural ocorrer em junho, a Copa teria seu início em julho. Fontes da entidade confirmaram à Agência Estado que patrocinadores, técnicos e mesmo emissoras de TV se queixaram ao ver jogos nada atraentes, sem gols e com as maiores estrelas do mundo se arrastando pelo campo. Os parceiros da Fifa garantem que estão dispostos a continuar pagando os preços exorbitantes cobrados pela entidade para dar o direito que eles possam exibir suas marcas nos campos. Mas, em troca, precisam de um torneio de primeira categoria, o que não ocorreu nem em 2002, 2006 ou 2010 Neste ano, por exemplo, Wayne Rooney não conseguiu sequer marcar um gol. Cristiano Ronaldo se despediu do torneio sem brilhar, Didier Drogba foi apenas uma sombra do jogador que atua pelo Chelsea e Kaká era apenas uma imagem distante do craque que levou o Milan a Conquistas. Os primeiros problemas foram registrados já na Copa de 2002, com uma qualidade em campo bem inferior ao que se esperava de um Mundial. Para 2006, na Alemanha, uma semana extra foi dada às seleções, com torneios nacionais acabando mais cedo. Mas nem isso funcionou. Agora, a perspectiva seria de dar um mês inteiro aos treinadores das seleções. (AE) Regulamento também pode mudar para Mundial no Brasil Outra medida sob análise é a de impedir que jogos, mesmo os da primeira fase, terminem empatados. A Fifa se irritou com os esquemas defensivos levados para a África do Sul. O resultado foi a pior média de gols na história das Copas e a qualidade baixa do futebol apresentado. A entidade debate a introdução de cobranças de pênaltis já na primeira fase, obrigando os times a atacar. A prorrogação pode acabar e a Fifa ainda estuda a adoção da morte súbita nas partidas. Tudo para elevar o número de gols e tornar o evento mais emocionante. Após a Copa de 2010, patrocinadores informaram à Fifa de que não poderão pagar cada vez mais para bancar o evento se um formato mais “dinâmico” não for encontrado para a Copa, um torneio de um mês e que, para manter a atenção de milhões de pessoas pelo planeta, precisaria ganhar um novo formato. Cerca de 10% dos jogos na África do Sul terminaram sem gols, um recorde na história. Para fontes dentro da entidade, essa decisão é um reconhecimento explícito que, da forma que está, o futebol não pode continuar. Apesar de ser o evento mais assistido do planeta, a falta de ação em campo e o baixo número de gols deixaram a entidade preocupada. A Copa viu treinadores mandando suas equipes à campo com a ordem de não perder e torcer por uma combinação de resultados para passar para uma próxima fase. Para completar, o desastre da arbitragem em 2010 também obrigará a Fifa a pensar na profissionalização dos juízes que atuam no Mundial. “Queremos uma Copa do Mundo mais atrativa”, afirmou Joseph Blatter, presidente da Fifa. “Na primeira fase, ninguém quer perder. Na Copa deste ano, tivemos seis partidas que terminaram sem gols. Temos que rever isso”, disse. (AE). Fonte: Tribuna Online

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