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27/11/2009 03:00
GOVERNO ECONOMIZA R$ 13,818 BI
Brasília (AE) - As contas do setor público apresentaram, em outubro, um superávit primário (economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 13,818 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 18,731 bilhões verificados em outubro do ano passado, mas bem acima do déficit de R$ 5,763 bilhões em setembro deste ano. O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, contribuiu com um saldo positivo de R$ 11,377 bilhões no mês passado. Já os governos regionais registraram superávit de R$ 2,021 bilhões, enquanto as empresas estatais economizaram R$ 419 milhões. No acumulado do ano até outubro, o setor público registra superávit de R$ 51,531 bilhões, o equivalente a 2,06% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2008, a economia do governo para pagamento de juros foi de R$ 128,203 bilhões, o equivalente a 5,33% do PIB. O governo central, de janeiro a outubro deste ano, tem superávit de R$ 29,895 bilhões (1,19% do PIB), os governos regionais acumulam saldo de R$ 20,963 bilhões (0,84% do PIB) e as empresas estatais têm superávit de R$ 673 milhões (0,03% do PIB). Dívida - A dívida líquida do setor público registrou uma leve queda em outubro em relação a setembro, passando de 45% do PIB para 44,8%. Em termos nominais, no entanto, a dívida líquida subiu de R$ 1,325 trilhão para R$ 1,330 trilhão. Já a dívida bruta do governo geral (composto por governo federal, governos estaduais e municipais, com exclusão do Banco Central e de empresas estatais) atingiu, em outubro, 66,8% do PIB. Em setembro, ela estava em 66,6%. Em termos nominais, a dívida bruta somou em outubro R$ 1,983 trilhão, ante R$ 1,062 trilhão em setembro. Expectativa - O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes, disse que o superávit primário de 1% do PIB nos 12 meses encerrados em outubro foi o mais baixo da série do BC, iniciada em dezembro de 2001. Apesar disso, ele reiterou a expectativa de que a meta deste ano - de 2,5%, podendo chegar a 1,56% do PIB com o abatimento de obras prioritárias - será cumprida. Altamir acredita em uma “melhora expressiva” no resultado primário neste fim de ano, refletindo a recuperação das receitas, em função da retomada da atividade econômica. “Haverá melhora na receita. Estamos observando crescimento efetivo nas receitas, o que é um fato inexorável”, afirmou. Altamir avalia que as receitas estão se recuperando, já refletindo a retomada da atividade econômica, o que deve favorecer uma melhora de resultado acumulado nos próximos meses. “A expectativa é que se cumpra a meta, ajustada ou não pelos os abatimentos previstos. Não me parece factível que a meta não seja cumprida”, afirmou. O chefe do Depec classificou de altamente positivo o superávit primário do setor público em outubro. Segundo ele, foi o segundo melhor resultado da série perdendo apenas para outubro de 2008. Segundo Altamir, o resultado teve contribuição de todas as esferas do governo e contribuiu para que ocorresse uma ligeira redução na relação divida PIB. Altamir destacou também que o déficit nominal de outubro foi, por conta do superávit primário elevado, o segundo mais baixo da série para o mês Fonte: Tribuna do Norte.