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14/10/2009 03:00

DÓLAR SEGUE EXTERIOR E CAI AO MENOR VALOR EM 13 MESES

Moeda norte-americana foi cotada no mercado de câmbio doméstico a R$ 1,727, com perda de 0,58% SÃO PAULO - O dólar no mercado doméstico oscilou na volta do feriado local, nesta terça-feira, 13, atrelado ao movimento externo de desvalorização da moeda norte-americana que amparou os preços de commodities. No fim dos negócios no balcão, o dólar pronto foi cotado a R$ 1,727, com perda de 0,58% - este é o menor preço desde 5 de setembro de 2008, quando encerrou a R$ 1,717. Em outubro, o dólar no balcão apura baixa de 2,54% ante o real e, no ano, apura desvalorização de 26,04%. O giro financeiro em D+2 registrado na Clearing de Câmbio da BM&F às 16h48 somava cerca de US$ 2,1 bilhões, informou um operador. No segmento de dólar futuro, o contrato da moeda com vencimento em 1º de novembro projetava às 16h50 baixa de 1,00%, cotado a R$ 1,7315. Internamente, as cotações também foram pressionadas por um leve fluxo financeiro positivo, decorrente de operações residuais de entrada de recursos de players estrangeiros, que participaram da oferta pública de ações (IPO) no Brasil do banco Santander e cuja liquidação ocorreu hoje, disse um operador de Tesouraria de um banco estrangeiro. Apesar da persistente desvalorização da divisa na sessão vespertina - as cotações à vista renovaram as mínimas na última hora de negociação -, o Banco Central só anunciou depois das 16 horas que faria o leilão de compra entre 16h06 às 16h16, o que causou certa surpresa nas mesas de operação. Um operador chegou a comentar, pouco antes de o BC chamar o leilão, que, se o BC não entrasse hoje, poderia estar dando um sinal ao mercado, embora tenha ponderado que a autoridade monetária já realizou leilões de compra após às 16 horas. "Poderia ser uma maneira de criar expectativas sobre eventual mudança na forma de atuação do BC no câmbio. Contudo, essa desconfiança se dissipou com a realização do leilão", comentou a mesma fonte pouco depois. Na operação de compra desta terça, o BC fixou a taxa de corte em R$ 1,727. Logo em seguida, a cotação do dólar no balcão ampliou a baixa e renovou a mínima, para R$ 1,726 (-0,63%). No mercado de dólar pronto da BM&F, o preço da moeda não se mexeu após às 16 horas e manteve-se na mínima de R$ 1,728, em declínio de 0,46%, que também foi a taxa de encerramento. O economista José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, disse que o dólar seguiu sua lenta e contínua tendência de baixa e o BC agiu dentro do script. "O BC continuou enxugando o gelo por meio do leilão de compra e quanto mais adquire moeda, mais reservas acumula, menos arriscado se torna o País em termos relativos e, assim, mais dólares entram aqui", afirmou. Segundo ele, não houve uma notícia local nova e o mercado cambial futuro teve uma sessão calma, "até sonolenta", brincou. Fonte: estadao.com.br

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