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24/07/2009 03:00
DOLÁR CAI PARA R$ 1,89 E FAZ BOLSA SUBIR 2,22%
São Paulo (AE) - O cenário financeiro viveu ontem um dia movimentado. Com dados positivos vindos do mercado imobiliário americano, o corte de 0,5 ponto porcentual da Selic e a perspectiva de fluxo cambial positivo, o mercado de câmbio encerrou a quinta-feira como há tempos não ocorria. A cotação da moeda americana encerrou a R$ 1,889 no balcão, fato que aconteceu pela última vez em 26 de setembro do ano passado. Este cenário propiciou à Bolsa uma alta de 2,22%, superando a marca dos 54 mil pontos, o que não não era visto desde 1º de junho. As blue chips colaboraram para o bom desempenho do Ibovespa ontem. O dado de vendas de imóveis usados nos EUA conseguiu a proeza de ampliar os ganhos da Bovespa em mais de mil pontos em uma única sessão. Os ganhos domésticos foram praticamente generalizados dentre as ações que compõem o índice, mas construção civil, bancos, siderúrgicas e, claro, as blue chips foram alguns dos destaques da sessão. O Ibovespa subiu 2,22%, aos 54.249,69 pontos, maior nível desde os 54.486,29 pontos de 1º de junho passado. Na mínima do dia, ficou praticamente estável, aos 53.065 pontos (-0,01%) e, na máxima, atingiu os 54.629 pontos (+2,93%). No mês, acumula ganhos de 5,41% e, no ano, de 44,47%. O giro financeiro totalizou R$ 7,257 bilhões. As bolsas dos EUA foram importante referência ontem, principalmente porque os dados conhecidos, entre balanços e indicadores, conseguiram furar um importante ponto gráfico de resistência do Dow Jones, ao redor de 8,8 mil pontos. O Dow Jones terminou o pregão com variação de 2,12%, maior patamar do ano, de 9.069,29 pontos, o S&P500 subiu 2,33%, aos 976,29 pontos e o Nasdaq, de 2,45%, aos 1.973,60 pontos. As ordens de vendas se pautaram sobretudo no dado da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis que revelaram aumento de 3,6% nas vendas de imóveis usados em junho. O dado foi mais do que o dobro do estimado pelos economistas, de 1,7%. As commodities também se beneficiaram e fecharam em elevação, diante da perspectiva de que a economia americana parece estar esboçando reação. Isso beneficiou diretamente as blue chips domésticas e as ações de siderúrgicas, que ainda contaram com impulso adicional dos dados domésticos igualmente positivos. Apenas nove ações do índice fecharam em queda na sessão da Bovespa. O contrato para setembro do petróleo fechou com variação positiva de 2,69% na Nymex, para US$ 67,16, influenciando o comportamento de Petrobras, que avançou 2,60% na ON e 2,24% na PN. Vale também subiu, seguindo os metais, 2,10% a ON e 2,41% a PNA.