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09/09/2009 03:00
CRISE ECONÔMICA GLOBAL AINDA NÃO CHEGOU AO FIM, DIZ BC EUROPEU
O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, afirmou nesta quarta-feira que a crise econômica ainda não terminou, mas ao mesmo tempo ressaltou que é necessário começar a ser "convincente" diante ao retorno a uma posição "normal" nas políticas fiscais e de apoio ao setor financeiro. "Vou repetir o que já disse em outras ocasiões: ainda não é momento para dizer que a crise terminou", disse Trichet após reunião, em Bruxelas (Bélgica), com o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. "Ao mesmo tempo é muito importante ser convincente no caminho a uma posição normal e sustentável no referido à política monetária, fiscal e o apoio à esfera financeira" afirmou. Por ocasião da reunião de ministros de Finanças do G20 (grupo de representantes dos países desenvolvidos e dos principais emergentes) no último fim de semana em Londres, o presidente do BCE já advertiu que, embora ainda não seja ainda o momento, é importante começar a preparar a "estratégia de saída" das medidas contra a crise iniciadas no mundo todo. Os governantes do G20 se reunirão nos dias 24 e 25 de setembro na cidade americana de Pittsburgh. A expectativa é de que reafirmem seu compromisso com o fortalecimento do sistema financeiro para impedir riscos excessivos e futuras crises, assim como o apoio ao crescimento sustentado das economias. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que, embora a situação econômica mundial tenha começado a melhorar, "o trabalho ainda está longe de terminar". Em comunicado, ele afirmou que as medidas adotadas no último ano dentro do G20 contribuíram para "impedir uma catástrofe econômica global". Em consequência, disse, a produção industrial se estabilizou ou está crescendo, o comércio global se amplia e as tensões nos mercados financeiros diminuíram. Obama considerou ainda que, apesar das conquistas, continua a perda de empregos e por isso as principais economias do mundo têm a "responsabilidade de colaborar", ao mesmo tempo em que são implementadas "normas que impeçam que se repita este tipo de crise". Na segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, lembrou que a cúpula servirá para reforçar a necessidade de regulamentação "transparente" dos agentes financeiros. "Ficou claro que o mundo não pode sobreviver a uma terceira onda de especulação como essa que já vivemos", afirmou.