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08/07/2009 03:00
AO CONTRÁRIO DO PAÍS, VENDAS DE MOTO CRESCEM NO RN
O mês de junho foi o redentor da indústria automobilística do país, compensando os maus resultados acumulados entre janeiro e maio e registrando recorde absoluto de vendas de automóveis e veículos comerciais leves. Além disso, serviu para alavancar as vendas de motocicletas no Rio Grande do Norte, que, nos primeiros cinco meses do ano, apresentavam queda de 10,79% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, as 2.345 unidades vendidas em junho foram suficientes para reverter esse quadro, fechando o primeiro semestre de 2009 com saldo positivo de 5,22% em relação a 2008. Ao todo, foram 13.522 unidades vendidas até junho no estado, segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), contra 12.529 vendidas no ano passado. Segundo avaliação do diretor da Fenabrave no estado, Tomás Filho, os incentivos fiscais para as motos vieram um pouco tarde comparados com o dos automóveis, em vigor desde dezembro do ano passado. "O governo federal demorou mais a incentivar o setor, aplicando as medidas apenas no segundo trimestre de 2009", destaca ao referir-se a isenção de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) a partir de abril deste ano para as motos - e prorrogada até setembro. Tomás aponta que a retração do crédito trazida pela crise internacional financeira restringiu a concessão de financiamentos por parte dos bancos e que os consumidores ficaram temerosos de assumir um financiamento nesse período. Contudo, a volta do crédito, a isenção de tributos e a redução das taxas trouxeram os consumidores de volta às lojas. As medidas surtiram efeito e em abril 2.309 motos foram vendidas no RN, ao passo que, em maio, esse número subiu para 2.411, culminando com as 2.345 unidades em junho. Outro instrumento que poderia ajudar a alavancar as vendas seria uma linha de crédito com R$ 100 milhões disponíveis para a compra de motocicletas para pessoas que trabalham com os veículos, como os motoboys, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A modalidade foi autorizada desde o final de maio, mas nem a Caixa Econômica nem o Banco do Brasil dispõem da linha no Rio Grande do Norte. A assessoria de imprensa da Caixa não soube informar se a linha já está disponível e não encontrou qualquer registro de empréstimo a essa categoria. Já o Banco do Brasil informou que ainda não finalizou a formatação da linha de crédito e nem há previsão para que isso seja feito. Por Louise Aguiar e Luiz Freitas, da Redação do DIARIODENATAL